O envelhecimento é um processo natural no ser humano e facilmente
identificável por qualquer pessoa. Mas é importante referir que este acarreta
consigo uma condição muitas vezes menosprezada: a sarcopenia.
A sarcopenia consiste na perda progressiva e generalizada de massa e
força muscular, conduzindo à deterioração do desempenho físico. Se não houver
uma prevenção precoce, esta condição pode conduzir à perda da independência
funcional e à dificuldade para realizar as normais atividades do dia-a-dia
(ex.: pegar um objeto do chão, subir uma escada ou mesmo sentar e levantar).
O aumento do stress
oxidativo devido à acumulação de radicais livres, a ingestão nutricional
inadequada, o sedentarismo, o aumento da apoptose e disfunção mitocondrial nas
fibras musculares, os processos neurodegenerativos e a redução dos níveis de
hormonas anabólicas são apenas alguns dos fatores decorrentes do envelhecimento
que são responsáveis por esta condição. Mas
então será possível prevenir, ou pelo menos atrasar, a progressão da
sarcopenia?
A prática de exercícios de força e de resistência e o aumento da
quantidade e qualidade da ingestão de proteínas na dieta contribuem para o aumento
da massa e força muscular. Contudo, a evolução da sarcopenia tem vindo a
progredir significativamente na última década, mas com atrasos na avaliação
clínica. Daí que é fundamental acompanhar o estado nutricional da pessoa idosa,
recorrendo a ferramentas que permitem uma monitorização eficiente da sua
composição corporal, ingestão alimentar e capacidade funcional. A preservação
da saúde da pessoa idosa é a chave para conceder quantidade e qualidade de
vida.
Ivo
Ferreira
Nutricionista
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