À conversa com... o CASCI

O ano de 2019 chegou ao fim e com ele, a concretização de muitos projectos realizados, outros ainda em fase de realização, mas sempre com grande empenho e responsabilidade. Segue-se o ano novo de 2020 que vem carregadinho de novos desafios para o CASCI, desafios esses que se traduzem essencialmente num conjunto de obras que irão começar ao longo do ano. Está-se a falar da construção da Cozinha/Lavandaria/Engomadoria que irá ser edificada por trás da Estrutura Residencial para Idosos, Av. 25 de abril. Trata-se de um projecto que contribuirá, em muito, para uma maior sustentabilidade da Organização e uma melhoria dos serviços. Para além desta grande obra, segue-se ainda um conjunto de requalificações nas estruturas físicas das nossas Respostas e ainda a aquisição de materiais pedagógicos, assim como outros equipamentos que irão proporcionar a melhoria e o conforto dos/as nossos/as utentes. Todos estes projetos irão ser concretizados com recurso aos Fundos Comunitários fruto de

A quadra natalícia é caracterizada por um momento de família e convívio que culmina com a ceia de natal. Os excessos alimentares nesta época festiva, onde o planeamento das refeições nem sempre é tido em conta, conduzem muitas vezes ao desperdício alimentar. Infelizmente, esta problemática não tem a devida atenção por parte da nossa sociedade. A nossa missão no CASCI passa por incutir melhores hábitos alimentares nos nossos utentes e nas nossas utentes. Procuramos promover a introdução de novos alimentos e ementas completas, variadas e equilibradas, elaboradas por um nutricionista e, ainda, ajustar a oferta alimentar às diferentes faixas etárias, disponibilizando produtos frescos, da época e locais. Desta forma, a racionalização das porções visa garantir o acesso de todos/as a uma alimentação adequada, onde minimizamos o desperdício de alimentos e promovemos a sustentabilidade alimentar. A nossa mensagem nesta época tão especial enaltece a manutenção das tradições natalíci

Abordar a temática da deficiência é, por si só, um desafio, seja pelos significados que assume (ou pode assumir em função do contexto em que se utiliza, tal como verificado aliás com muitos outros vocábulos – a língua portuguesa é rica neste domínio), seja pelo efeito que a mesma provoca nos indivíduos e na sociedade, ocidental e desenvolvida, onde nos inserimos. Pese embora este facto, a verdade é que a palavra por si só é conotada, de uma forma geral e, eventualmente, ligeira, como algo de negativo, o mesmo se passando para o que (ou para quem) com ela é adjetivada. Mas, centremo-nos no “quem a utiliza”, ou seja, centremo-nos na pessoa , pois é para a pessoa com deficiência que o CASCI possui muitas das suas respostas sociais, seja ao nível ocupacional, profissional, residencial ou mesmo educativo/ formativo. A este respeito importa sublinhar contudo o quanto se tem evoluído no sentido de uma maior inclusão social das pessoas com deficiência, passando-se de um período, não mu

Ano após ano a ansiedade de entrada na creche/jardim-de-infância é sentida de forma intensa quer pelas pessoas adultas quer pelas crianças. São muitas as questões que surgem e o processo pode ser “suavizado” talvez com um pouco de maior consciência da necessidade de gestão de emoções, quer por parte das pessoas adultas, quer por parte das crianças. Imaginemos duas cenas diferentes, mas com as mesmas personagens. Numa delas, os/as pais/mães, face às lágrimas da criança, ficam absolutamente rendidos/as. Abraçam-se a ela, prolongam o momento do adeus, questionam-se interiormente se será mesmo adequado deixá-la ali e não conseguem eles/as próprios/as deixar de chorar também. Noutra imaginemos uma atitude diferente, em que houve a interiorização pela família de esta ser a decisão certa, com a convicção de que as lágrimas são quase inevitáveis e que, por isso, face a elas terão de adotar uma postura carinhosa, mas firme. Para além disto, têm consciência de que prolongar o adeus

“O CASCI teve desde sempre na sua missão, o apoio à população em desvantagem sócio-económica ou biopsicossocial. Mais do que o assistencialismo, a missão e valores do CASCI visam o seu empowerment, potenciando a sua inclusão na sociedade ativa, dotando-a dos meios/ estruturas que permitam o desenvolvimento das suas capacidades”. A pobreza enquanto fenómeno social não é algo novo e exclusivo da sociedade contemporânea, existe desde há muitos anos. Do mesmo modo, também a preocupação com a erradicação da pobreza e a inclusão social das pessoas em situação de vulnerabilidade não é nova, havendo hoje felizmente um grande leque de respostas e soluções. Contudo, continuamos longe de atingir o fim último, que é a sua erradicação. Neste sentido, acredito que continua a haver uma enorme necessidade de parar e reflectir na procura de fazermos mais e melhor. É necessário olharmos para este fenómeno de uma forma multidimensional, que exige repensar um leque de pressupostos tanto teóricos co