A Ação Social em Situação de Pandemia
Pela primeira
vez na nossa história estamos a viver uma crise global e transversal a todas as
classes sociais. Esta crise, por sua vez, desafia a importância do papel da Ação
Social, num contexto não só de falta de recursos, mas de um sentimento
generalizado de medo e insegurança, pela situação de saúde mas também pela
falta de perspectivas para o futuro.
A Pandemia
COVID-19 veio alterar de forma significativa a vida de todos nós. Veio exigir o
cumprimento rigoroso de medidas como o isolamento social para conter a
propagação do vírus. Todas as medidas tomadas para mitigar esta pandemia exigem
uma mutação no paradigma da intervenção comunitária. Torna-se assim premente humanizar
os serviços e recriar um conjunto de ações que promovam os direitos das pessoas,
em termos dos cuidados de saúde, justiça social, igualdade de oportunidades e
de um tratamento com dignidade. Por conseguinte, o Serviço Social é chamado a
recriar e/ou readaptar a forma de intervenção, através de novos procedimentos
ao nível do planeamento, avaliação e até no contato com os cidadãos.
Para a eficácia
e consistência do trabalho social impera um compromisso concertado com os
diversos agentes sociais: autarquias, cuidados de saúde primários, sociedade
civil, segurança social, agentes de segurança e IPSS`s.
A combinação dos
novos desafios da acção profissional e reforço ético da intervenção do
Assistente Social exige uma acção previdente e pró-activa que combine responder
às necessidades atuais e aos futuros efeitos colaterais.
Esta crise da
qual ainda não sabemos todos os seus impactos, no panorama da ação social pode
vir a acentuar de forma ainda mais marcada as assimetrias sociais, daí todos os
atores intervenientes na Ação Social, terem hoje um papel decisivo na procura
de soluções eficazes face aos acontecimentos futuros.
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